Diálogo Florestal realiza visita de campo à FuturaGene

Com a participação de 16 pessoas, entre representantes de empresas e ONGs, foi realizada no dia 21 de agosto de 2014, uma visita de campo à FuturaGene, em Itapetininga (SP). A visita teve como objetivo auxiliar na compreensão da aplicação da biotecnologia em plantações florestais, no contexto da inovação em produtividade no setor de celulose e papel. O evento foi uma iniciativa do Grupo de Trabalho sobre árvores transgênicas do Diálogo Florestal e contou com o apoio da FuturaGene e da Suzano.

Antes da visita aos laboratórios e casas de vegetação da FuturaGene, foi feita uma apresentação sobre os trabalhos da empresa, bem como sobre as pesquisas e experimentos que vem sendo realizados com árvores geneticamente modificadas, em especial  o eucalipto geneticamente modificado (H421), visando aumento da produtividade de madeira, que está em análise na Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). Após a apresentação, os participantes tiveram a oportunidade de iniciar o debate sobre o tema, apontando suas expectativas e dúvidas em relação à governança para o desenvolvimento e plantio de  variedades modificadas de eucalipto.

As principais dúvidas levantadas no debate giraram em torno da questão do controle e monitoramento dos plantios do eucalipto modificado; como se dará o manejo desses plantios visando a questão do consumo de água; a questão do fluxo gênico; o possível impacto sobre as abelhas e a produção de mel; o estado da arte das pesquisas e plantios de árvores transgênicas em outros países; e o interesse em torno de outras pesquisas sendo realizadas no Brasil.

Além de esclarecer as dúvidas dos participantes, a FuturaGene também preparou e distribuiu um documento com respostas aos questionamentos publicados no site Gôndola Segura. O documento encontra-se em anexo.

No período da tarde foi  realizada a visita aos experimentos em campo no município de Angatuba (SP).

A visita de campo resultou nos seguintes encaminhamentos e sugestões:
1 – Há a necessidade de evoluir e aprofundar o debate sobre o tema.
2 – O Diálogo Florestal convidará os participantes da visita a comporem um grupo de debates ampliado sobre o tema, no âmbito do Diálogo.
3 – A secretaria executiva do Diálogo realizará uma consulta às instituições que participaram da visita, bem como às integrantes do Diálogo Florestal, sobre as principais dúvidas a respeito do tema. As perguntas enviadas comporão um questionário a ser enviado a empresas, ONGs e academia. As respostas serão compiladas e compartilhadas com todos.
4 – O GT de árvores transgênicas do Diálogo Florestal elaborará uma proposta para a realização de um seminário sobre o tema.
5  – Sugeriu-se que fosse realizada também uma visita de campo aos experimentos da Fibria com árvores geneticamente modificadas.
6 – Foram indicados dois representantes de ONGs, Káthia Monteiro do Fórum Florestal do RS e Juliana Griese do Fórum Florestal de SP, para acompanharem a audiência pública da CTNBio, que acontecerá no dia 04 de setembro de 2014, em Brasília (DF).
7 – Houve a proposta de que se realizasse um evento técnico na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq).