8º Fórum Florestal Paulista discute ações para os Vales do Paraíba e Alto Paranapanema
Ações socioambientais no Vale do Paraíba e Alto Paranapanema, foi tema de debate no 8º Fórum Florestal Paulista, que aconteceu nos dias 9 e 10 de junho no município de Itatinga – SP. O encontro reuniu 18 representantes de entidades ambientais e empresas florestais do Estado de São Paulo.
Os participantes se reuniram em dois grupos de trabalho, um com atuação no Vale do Paraíba e o outro grupo com propostas para a região do Alto Paranapanema.
A intenção dos grupos de trabalho foi identificar áreas a restaurar e áreas prioritárias para conservação, além de levantar estudos para potencializar o que já existe em cada local.
Na região do Vale do Paraíba, foram contempladas para estudo áreas da Serra da Mantiqueira e de São Luiz do Paraitinga e entorno. “O grupo de trabalho priorizou ações em São Luiz do Paraitinga e entorno por se tratar de regiões onde encontramos uma grande concentração de plantios de eucalipto, e por serem áreas onde três empresas participantes do Fórum são atuantes e algumas delas já investem em projetos socioambientais na região”, disse Marcos Fernandes da Costa, Secretário Executivo do Diálogo Florestal Paulista.
O grupo que discute propostas para o Vale do Paraíba, elegeu também como áreas prioritárias para ação a região da Serra da Mantiqueira. “O grupo discute ações socioambientais que gerem renda aos proprietários rurais e que tenham alinhamento com as ações do projeto da Associação Corredor Ecológico do Vale do Paraíba”, afirma Flávio Ojidos, advogado especialista em direito ambiental.
Para a região do Alto Paranapanema, o grupo responsável definiu a atuação na Bacia do Santo Inácio e na Região de Carlos Botelho. Possíveis ações como proteção e manejo de espécies ameaçadas, melhorias no manejo com foco ambiental, e estabelecimento de corredores, foram propostas do grupo de trabalho para essas áreas.
“O Grupo agora pretende se reunir em agosto para analisar os materiais já disponíveis como os resultados de inventários e monitoramentos da biodiversidade e de mapas da Bacia do Rio Santo Inácio para avançar no planejamento dos corredores. No próximo encontro as empresas irão apresentar suas práticas de manejo para que o grupo analise e discuta melhorias e mudanças visando a conservação da biodiversidade”, explica Juliana Griese, da ONG Itapoty.
GT SOCIOAMBIENTAL
Dentro da abordagem do GT Socioambiental, cada empresa apresentou sua estratégia de comunicação com a comunidade e mitigação de impactos socioambientais. O objetivo foi avaliar o quanto cada empresa tem investido em comunicação e quais são os canais de diálogo que cada uma delas utiliza para chegar até a comunidade.
ICMS ECOLÓGICO
Dentro da programação do encontro, também foi debatido o Projeto de Lei do ICMS Ecológico no Estado de São Paulo, e levantado a necessidade de os participantes do Fórum oficializar sua opinião sobre o projeto de lei.
AVALIAÇÃO
Para as empresas florestais, o grande ganho do diálogo é poder entrar no espaço, ouvir, se relacionar e definir pontos de convergências.
“O interesse das empresas é que sejam implementadas ações em nossas áreas de atuação, e o diálogo florestal se torna um elo entre entidades ambientais e empresas a fim de trabalhar diretrizes para atuação nessas áreas”, disse o Gerente de Meio Ambiente da Fibria, João Augusti.
Ainda segundo Augusti, o Fórum Florestal se tornou um espaço de diálogo fantástico para se buscar um relacionamento e entendimento com a comunidade em relação às atividades do setor florestal. “Esse é um fórum que nasceu ambiental, mas se tornou também social. No setor florestal a experiência ao longo de seis anos de ações do diálogo nacional está crescendo e gerando bons resultados. Em São Paulo é mais recente, mas à medida que o fórum desenvolver diretrizes para atuações, tanto ONGs como outras empresas vão perceber que o espaço de diálogo é importante para transformar”, completa João Augusti.
O próximo encontro está previsto para acontecer no mês de setembro, em São Luiz do Paraitinga, São Paulo.