DF e Fórum Florestal da Amazônia no Fórum de Soluções – O Futuro do Setor Florestal
A coordenadora executiva do Diálogo Florestal e secretária executiva interina do Fórum Florestal da Amazônia Fernanda Rodrigues e membros do Fórum Florestal da Amazônia participaram no início de dezembro do Fórum de Soluções – O Futuro do Setor Florestal, promovido pela Imaflora em Belém (PA). Foi um momento importante para estreitar o relacionamento com outras organizações e discutir possíveis ações em conjunto.
Durante o evento foram discutidos temas como o panorama atual e futuro do manejo florestal na Amazônia brasileira, que de acordo com Marco Lentini, do Imaflora, possui potencial de 130 milhões de ha para manejo florestal, muitas em áreas de fronteira de expansão madeireira. Milton Kanashiro, representando a Embrapa Amazônia Oriental, levantou dentro dessa temática a importância da participação das comunidades na produção da madeira e salientou serem fundamentais os arranjos institucionais para alavancar o manejo na região. Milton salientou a importância de espaços como o Fórum Florestal da Amazônia.
Já na mesa sobre Concessões Florestais: Potencial e Inovação, Cristina Galvão, do Serviço Florestal Brasileiro, apresentou o avanço dos projetos em execução na região. Segundo ela, de 2019 a 2023 foram firmados seis novos contratos de concessão (2 no Jamari e 4 na contratos na Floresta Nacional do Amapá). No total, são 21 contratos em execução, correspondendo a 1,26 milhão de ha sob manejo florestal. Além disso, duas concorrências estão em andamento (Floresta Nacional de Humaitá e Floresta Nacional do Amana) e a perspectiva é de assinar mais 16 contratos em 2023.
Camila Lima, do BNDES, falou sobre as concessões de parques para manejo florestal e em fase de estudos para serviços ambientais e Olavo Makiyama, do Instituto Semeia, trouxe à pauta questões como a necessidade de aprimoramento na gestão de parques por meio de parcerias com iniciativa privada, a possibilidade de novos arranjos econômicos para além da concessão em áreas públicas como PFNM, crédito de carbono via REDD, restauração via SAF, PSA e turismo. Ele lembrou ainda dos desafios que precisam ser enfrentados como estruturação de contratos de concessão, comunicação / advocay, comando e controle, pesquisa, desenvolvimento e tecnologia, buy-side / financiamento, governança pública e mercado.
Também participou dessa mesa de discussões, Jaqueline Ferreira, do Instituto Escolhas, com informações sobre a proposta de alterações para a lei de gestão de florestas públicas PL 5518.
A última mesa focou nas Perspectivas e visão sobre o setor florestal (agenda 2023 – 2027) com as participações de Daniel Bentes da COONFLORESTA, Leandro Rymsza, Aimex, Dário Cardoso, Transparência Internacional, e Antônio Vilaça, da SEMAS-PA.
Autora: Juliane Ferreira