Diálogo Florestal encerra 2021 com importantes avanços em representação
Com sessões abertas transmitidas pelo YouTube e atividades exclusivas para os participantes do Diálogo Florestal (DF), o Encontro Nacional 2021 realizado nos dias 17 e 18 de novembro foi o momento de reunir os integrantes dos Fóruns Florestais regionais de todo o Brasil, instâncias executivas regionais e nacional, para a apresentação dos resultados do ano e definição dos rumos para o futuro.
Dos oito objetivos definidos para o período 2019/2022, sete deles foram atingidos por meio de ações realizadas nos últimos 12 meses. Entre os destaques, a ampliação do alcance temático, territorial e institucional do DF por meio de campanhas de comunicação pelas redes sociais, somada à participação em eventos nacionais e internacionais, ampliando a influência e a difusão de conteúdos. Outro avanço relevante foi uma maior interação com o meio acadêmico, além da expansão da atuação do Diálogo para a Amazônia a partir da implantação do Fórum Florestal na região.
Já para fortalecer e multiplicar ações de conservação da natureza nos territórios de atuação do Diálogo Florestal, foi editado o volume 10 do “Cadernos do Diálogo” que contempla também casos de sucesso com o tema “Ampliando a escala da restauração e o papel da sociedade civil” que terá evento de lançamento em breve. Além disso, foi elaborado o plano de ação específico de restauração como parte do plano estratégico do Diálogo e promovida uma série de seminários online sobre os Programas de Regularização Ambiental – PRA e PRADAs para nove Estados brasileiros e no contexto da União, que terá sua continuação em 2022 devido ao sucesso da iniciativa.
“Também conseguimos dentro desse objetivo lançar as versões em português e espanhol do Guia sobre o Diálogo do Uso do Solo com apoio da Ibá, uma publicação do The Forests Dialogue que contou com a colaboração do Diálogo Florestal para sua elaboração, integrar a Aliança pela Restauração da Amazônia e apoiar a Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas 2021-2030”, relata a secretária executiva do DF, Fernanda Rodrigues. Ela lembra ainda que outro resultado positivo foi contar com o apoio de empresas e organizações que contribuíram para a sustentabilidade do Diálogo, garantindo a viabilidade executiva e financeira a longo prazo.
Fóruns Regionais fortalecidos
Um dos pontos positivos de 2021 na avaliação da secretária executiva foi o fortalecimento dos Fóruns Regionais. “Registramos um aumento no número de integrantes do DF este ano, com quase 200 participantes, ampliamos as oportunidades de divulgação das ações dos Fóruns e retomamos os trabalhos com o Fórum Florestal Fluminense”, afirma.
Para o próximo ano, os desafios apresentados pelos Fóruns, de forma geral, são questões como executar o que foi planejado, retomar o contato com as pessoas envolvidas nas regiões de atuação, sair a campo, engajar lideranças locais e ampliar o diálogo com o poder público.
Programação complementar
O Encontro Nacional também foi espaço para a discussão – em sessão privada – de novos modelos de financiamento, captação de recursos para projetos com palestra do diretor executivo da Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), João Paulo Vergueiro; mercado de investimentos em negócios de impacto socioambiental com Fernando Campos da SITAWI e soluções financeiras inovadoras com João Guadagnin e Frineia Rezende, diretora executiva da Conexsus.
Os participantes puderam também acompanhar o andamento do trabalho do Fundo Ambiental Sul Baiano (FASB), iniciativa que pretende impulsionar ações locais focadas no desenvolvimento sustentável como agrofloresta, produção de madeira e alimentos, proteção e restauração de áreas degradadas.
No segundo dia do evento, foram apresentados os avanços e as perspectivas nacionais da implementação dos Programas de Regularização Ambiental (PRAs) e respectivos Projetos de Recomposição de Áreas Degradadas e Alteradas (PRADAs) no Brasil. O painel contou com a participação de Joice Nunes Ferreira da Embrapa Amazônia Oriental representando a Aliança pela Restauração na Amazônia, Maria Otávia Crepaldi do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) representando o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica e Roberta Del Giudice do Observatório do Código Florestal, além de Fernanda Rodrigues do Diálogo Florestal. A sessão pública pode ser assistida aqui.
No dia 18, a partir das 14h, em sessão exclusiva para participantes do Diálogo, foi realizado debate sobre intensificação sustentável no setor florestal: conceitos, questões ambientais, sociais e econômicas relacionadas. O evento encerra com a divulgação do resultado da eleição de três novas organizações da sociedade civil e duas instituições de ensino e pesquisa para compor o Conselho de Coordenação Nacional.
Autora: Juliane Ferreira.