LUD é tema de reunião do Fórum Florestal Mineiro
Integrantes do Fórum Florestal Mineiro se reuniram virtualmente no último dia 04 de agosto. O principal ponto da pauta foi a discussão para implementação do Diálogo do Uso do Solo – LUD (sigla em inglês para Land Use Dialogue) na região do Parque Estadual do Rio Doce. O LUD é uma plataforma de participação de múltiplas partes interessadas, com o propósito de reunir conhecimento e liderar processos que influenciam negócios responsáveis, melhorem a governança de territórios e promovam o desenvolvimento inclusivo em paisagens relevantes. O guia metodológico do LUD pode ser acessado aqui.
Após uma apresentação inicial da metodologia e dos princípios para o desenvolvimento do Diálogo do Uso do Solo, por parte da Secretária Executiva do Diálogo Florestal, Fernanda Rodrigues, os membros do Fórum consideraram a iniciativa importante e possível de ser realizada. A região do Vale do Aço, especialmente no entorno do Parque Estadual do Rio Doce, foi apontada como ponto de partida para o projeto por conta da importância da Unidade de Conservação (UC) e da existência de diagnósticos e projetos realizados através da Pesquisa Ecológica de Longa Duração (PELD), coordenada pela professora Sónia Ribeiro da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O grupo entende que o LUD criará oportunidades para a comunidade que vive no entorno do Parque, tais como melhoria na renda familiar através do incentivo ao turismo e também aumentar a rede de aliados da conservação e manutenção da UC, sendo um plataforma que ajuda a reunir todo o conhecimento já gerado para a região.
Outro ponto da pauta foi a discussão sobre a possibilidade de criação de um Grupo de Trabalho para acompanhamento do Programa de Regularização Ambiental (PRA) em Minas Gerais, que foi regulamentado no Estado em junho deste ano. Como encaminhamento, foi decidido em plenária que a criação do GT não é necessária e que cada organização fará o acompanhamento individualmente, ficando o Fórum como um espaço para diálogo das informações no futuro.
O Fórum também acompanhará os resultados das investigações, por parte do Ministério Público Estadual, acerca da denúncia encaminhada pela Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda) e pela Associação Mineira da Indústria Florestal (Amif) sobre recrudescimento do consumo de carvão de mata nativa inclusive com utilização de mão de obra infantil no Norte do Estado de MG. A prática já é proibida por lei em todo o Estado.
Autora: Carolina Schaffer.