Membros do Fórum Florestal da Bahia contribuem para o PAN da Hileia Baiana
O Fórum Florestal da Bahia (FFBA) participou na última semana da Oficina de Monitoramento do Plano Nacional para a Conservação de Árvores Ameaçadas de Extinção do Sul da Bahia (PAN Hileia Baiana).
O Plano tem como objetivo “Aumentar, em 5 anos, a conservação e o conhecimento das espécies-alvo e dos seus ambientes com o engajamento de diversos atores sociais conectados à Hileia Baiana”.
O plano vem sendo coordenado pelo Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), por meio do Núcleo Estratégias para Conservação da Flora Ameaçada de Extinção (NuEC) do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora).
A oficina contou com a presença de uma rede de articulação formada por pesquisadores de universidades locais, gestores ambientais do ICMBio e do INEMA, além de organizações da sociedade civil e outras instituições como as membros do FFBA, entre elas, o Comitê de Bacias do Rio Peruípe, Itanhém e Jucuruçu, Veracel Celulose, Movimento de Defesa, Preservação e Sustentabilidade (MDPS) e Conservação Internacional (CI).
O Fórum Florestal da Bahia (FFBA) vem acompanhando os trabalhos desde o início do processo até sua fase de implementação, através das suas instituições membro. De acordo com a secretária executiva do fórum, Erica Munaro, “com a aproximação da secretaria executiva do fórum ao PAN poderemos ampliar a articulação e contribuir com o monitoramento dos resultados, já que temos acesso a outras instituições que também podem colaborar neste trabalho”, afirma.
A Hileia Baiana compõe uma das áreas com o maior número de fragmentos florestais significativos para a conservação da Mata Atlântica, situada no sul da Bahia, estendendo-se por uma vasta região de 40.000 km² abarcando 36 municípios situados no ecossistema.
O PAN Hileia Baiana contempla 221 espécies, sendo 218 espécies arbóreas enquadradas em diversos graus de ameaça de extinção, das quais 21 se encontram na categoria “Criticamente Ameaçada – CR”, 149 como “Em perigo – EN” e 51 como “Vulnerável – VU”. Adicionalmente, outras 216 espécies colhem benefícios indiretos decorrentes das ações delineadas pelo PAN.
O plano possui uma co-relação muito forte com o propósito do Fórum Florestal da Bahia, pois o FFBA está voltado para trabalhar a questão da sustentabilidade do território, tanto pelas questões ambientais como sociais, expressou Virgínia Camargo, da empresa do setor florestal, Veracel Celulose. Segundo ela, “o PAN traz um olhar específico para a flora, direcionado para as espécies que estão ameaçadas e endêmicas e visa contribuir para com o fórum na decisão de espécies a serem escolhidas na restauração florestal e formação de corredores ecológicos”, reforça.
Para Danilo Sette, do Movimento de Defesa de Porto Seguro (MDPS), a oficina foi um importante para o território. “O plano vem colaborando com nosso processo de restauração das espécies ameaçadas, pois as mesmas estão sendo contempladas através de projetos de formação de parabotânicos e coleta de sementes”.
Texto: Fernanda Dorta (Eccoa Comunicação)
Editora: Fernanda Rodrigues.
Galeria de Fotos: Acervo FFBA