Fórum Florestal Mineiro discute licenciamento ambiental da silvicultura
No dia 18 de setembro, o Fórum Florestal Mineiro reuniu-se na sede da Amda, em Belo Horizonte (MG). O encontro contou com a presença de representantes das empresas Cenibra, Vallourec e AVG siderurgia, Movimento Pró Rio Todos os Santos e Mucuri, além dos representantes da Amda.
O licenciamento ambiental da silvicultura foi um dos temas discutidos. A partir de projeto de lei do Senador Álvaro Dias que modifica as regras do licenciamento, cujo conteúdo é questionado pelas ONGs que participam do Fórum, foi criado um grupo de trabalho (GT) dentro do Diálogo Nacional com a missão de apresentar ao mesmo proposta de alteração do licenciamento, considerando inclusive as certificações ambientais que algumas empresas possuem.
“Consideramos extremamente positiva a decisão do Diálogo de discutir o licenciamento de forma mais ampla. É preciso sem dúvida buscar diferenciação entre empresas ambientalmente responsáveis e outras que não têm, muitas vezes, nem mesmo preocupação de obedecer às leis”, afirma Dalce Ricas, superintendente executiva da Amda.
A crise hídrica, apesar das dificuldades que tem gerado para a sociedade de forma geral, está sendo estímulo à busca de novas tecnologias, melhorias de processo e ações diversas. Na reunião, Paulo Dantas, representante da Cenibra, apresentou plano estratégico da empresa no trato do assunto, que inclui diversas ações junto à sociedade, relativas à proteção da bacia do rio Doce.
No próximo dia 29, em Governador Valadares, o Fórum realizará o Seminário Silvicultura, Recursos Hídricos, Biodiversidade e Sociedade, com apoio da Cenibra e da Universidade Vale do Rio Doce (Univale), que cedeu o auditório Hermírio Gomes. No evento será discutida a interface entre plantios florestais e proteção da biodiversidade e a situação da bacia do rio Doce, por meio de palestras de professores e pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e do Instituto Bioatlântica (Ibio), agente do comitê da bacia. O evento é aberto à sociedade e faz parte da estratégia do Diálogo Nacional de levar à população informações sobre aspectos ambientais e econômicos da silvicultura.